terça-feira, 10 de maio de 2016

Certo dia o Capitão





Certo dia o Capitão

Certo dia o Capitão
que comandava o navio
Sentindo a solidão
Da rota fez um desvio

Foi aportar numa ilha
Deserta? qual ilusão !
Morava nela uma filha,
Naufraga doutro Capitão

Era jovem, esbelta, linda,
De uma exótica beleza,
Que igual, não vira ainda
Apesar, da nua singeleza

O Capitão, encantado
Rendeu-lhe consideração,
E ofereceu-lhe adequado
O traje, do sacristão

Com todo respeito e lisura
Levou-a à embarcação
E ofereceu à criatura
Sua cama, seu colchão

A moça, ali se banhou
Nos aposentos privados
E, também se perfumou
Deixando todos cativados

Quando ao espelho se mirou
Ela nem acreditava,
Pois quando ali naufragou
De menina, não passava !

Agora, mulher adulta
Expandindo horizontes
Meio ingênua, meio inculta
Rústica, como flores dos montes

Sentindo-se apaixonado,
O Capitão não relutou,
Ante o amor almejado
A naufraga, ali esposou !

Pra felicidade geral,
Sua prol foi aumentando
Num clima angelical
E o capitão no comando.

Seu navio, virou lar
Ante a esposa que encontrou
Continuaram a navegar,
Até que a velhice chegou.

São Paulo 09/05/2016 (data da criação)        
Armando A. C. Garcia


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