quarta-feira, 23 de março de 2016

A Princesa e o golfinho

A Princesa e o golfinho




Havia um país, cujo reinado era uma ilha
Situada além mar, n’uma terra distante
No palácio morava o rei e sua filha
Numa vida feliz, serena, radiante.

A princesa, Ariete era sua única filha
O palácio real ficava à beira mar.
E envolta numa rica escomilha,
Sempre lá, a princesa ia-se banhar .

Brincava com os peixes quando ia nadar
Um golfinho ficava sempre ao seu lado,
Se cansada, a ajudava a carregar
Montado com ela, em seu costado.

E assim, às vezes por horas percorriam
Milhas do oceano, qual navio!
Quando de regresso à praia sorriam.
Só. O golfinho, ficava triste, vazio...

Na manhã do dia seguinte lá estava
Cheio de alegria e brincadeira
O golfinho que na praia esperava
Para receber a carícia lisonjeira.

Até que um dia, um barco que ali passou
Com piratas que raptaram a princesa...
Era tarde, quando o golfinho lá chegou
Não a encontrando, se encheu de tristeza.

Correu p’ro alto mar, curtir a solidão
Mas quando passava perto d um navio
Escutou alguém chamar oh! brincalhão!
O golfinho respondeu com um assobio,

A princesa pulou da amurada
O golfinho a carregou até à praia.
Onde o rei já montava uma jangada
Para ir procurá-la em outra raia.

O rei, surpreso, do que via à sua frente!
Julgou ser imaginária sua visão...
Só quando ouviu, feliz contente
O chamado da princesa, que satisfação.

Quando pode realmente compreender
Que o golfinho salvara sua filha.
Pois o bando de piratas. ia vender
Sua filha logo à frente, em outra ilha.


São Paulo, 17/08/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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