quinta-feira, 24 de março de 2016

O Cisne

O Cisne 





Nas verdes águas lacustres, silenciosas
Atapetadas de lindas algas floridas
Mais parece um jardim de margaridas
Em manhãs primaveris de sol radiosas

Um alvo cisne, mui belo, majestoso
Mirava aliciado, os reflexos fulgidos...
Que projetados nas águas translúcidas
Ali espelhavam seu porte garboso!

Envaidecido, cheio de galhardia
Desprezava patos e gansos da lagoa.
Até que humilhados por quem tanto caçoa...
Fizeram-lhe pagar tamanha ousadia!

Depenaram suas alvas e diáfanas plumas
Perdendo o cisne toda sua *estesia
Agora nas águas já nem se reconhecia...
De pescoço pelado e asas sem plumas!

Assim, vendo-se humilhado... sem beleza!
De suas alvas plumagens desprovido,
O cisne puído da vaidade - vencido!
Perdeu todas as manias de grandeza.
                                      *sentimento do belo

São Paulo, 01/04/1964
Armando A. C. Garcia 

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